Enchente de proporções históricas causa destruição e muitos prejuízos em Ubá
- Fabiano Fusaro
- 8 de abr. de 2020
- 3 min de leitura

Se há cerca de 30 dias Ubá vivia a pior enchente de sua história, isso tudo mudou na noite desta terça, 7 de abril. Uma chuva de cerca de 128 mm (a média para todo o mês de abril é de 80mm) durante pouco mais de duas horas causou o transbordamento do Rio Ubá e um consequente alagamento de diversos pontos da cidade. A avenida Beira Rio, região Central e ruas próximas, além dos bairros Waldemar de Castro e Santa Edwiges foram os mais afetados.
O que se viu durante a enchente - rapidamente apontada como a maior de todos os tempos - foi desespero, medo e muito, muito prejuízo. Ao longo da margem do Rio Ubá não era raro flagrar imagens como um sofá ou uma refrigerador comercial sendo levados pela correnteza. Fachadas de vidros de lojas eram vistas sendo destruídas, assim como portas de metal eram ouvidas sendo retorcidas pela força da água.

Nas redes sociais, inúmeros relatos de desespero e espanto com a proporção da enchente. Vídeos e fotos de diversos pontos da cidade 'pipocavam' em grupos de whatsapp e davam um panorama do tamanho desta tragédia. Muitas lojas foram devastadas pela força da água, o calçadão da rua São José e as ruas e galerias próximas tiveram grande prejuízo. O Hospital São Januário registrou alagamento do térreo, local onde ficam os equipamentos de imagem e que estava sendo preparado para atender a população no fluxo do SUS para diagnóstico da Covid-19. Ainda não se sabe se os equipamentos foram danificados.
No Asilo São Vicente de Paulo a enchente atingiu a ala masculina. Segundo a direção da instituição, foram perdidos colchões de solteiro, camas, roupas, materiais de higiene, móveis e roupas de cama. A instituição fez um apelo, através de suas redes sociais, para doações, através de depósito em conta ou entrega dos materiais, o telefone 3531-5830 foi disponibilizado para maiores informações.

Também houve registro de forte alagamento na rodoviária, com todos os guichês de todas as empresas embaixo d´água, no Tabajara Esporte Clube, que teve sua porta de vidro quebrada e no Sport Club Aymorés, com alagamento em toda a extensão do campo e vestiários.
Além da chuva intensa na área urbana, a Prefeitura informou que a contribuição da chuva na cabeceira do Ribeirão Ubá, na Miragaia, foi fundamental para a rápida elevação do nível do rio. O Corpo de Bombeiros resgatou diversas pessoas ilhadas e parte do abastecimento de água da Copasa foi comprometido devido aos danos causados na Estação de Tratamento de Água na Miragaia.
Após a cheia do rio, uma equipe coordenada pelo prefeito Edson Teixeira Filho (PHS) reuniu-se na sede do Corpo de Bombeiros, juntamente com o Tenente Carlos Eduardo Guilarducci, para monitoramento da situação e elaboração das primeiras ações de resposta. A manhã desta quarta-feira (8), foi marcada pela força do ubaense que, mais uma vez, trabalha para reconstruir seu negócio, sua casa e sua cidade.

Na Prefeitura uma reunião com o Comando de Operações realiza o balanço dos estragos causados e também a apuração do número de desalojados, além de checar se há desabrigados. Equipes de limpeza foram acionadas, com exceção de funcionários que enquadram-se no grupo de risco para a COVID-19, e iniciaram os trabalhos nas primeiras horas do dia. Além disso, para otimizar as ações de limpeza e evitar aglomerações, a Av. Beira-Rio terá o tráfego de veículos bloqueado.
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