'Maior enchente da história de Ubá' devasta cidade e população calcula prejuízos
- Redação
- 5 de mar. de 2020
- 3 min de leitura

A noite de quarta, feira, 04 de março, foi uma das mais tristes da história da Cidade Carinho, uma forte chuva, aliada a um período chuvoso intermitente causou um forte alagamento em diversos pontos da cidade devastando ruas, comércios, casas e arrastando carros. Segundo a Prefeitura de Ubá, trata-se da maior enchente registrada na história da cidade. A constatação é possível a partir da observação da altura alcançada pela água, e sua passagem sobre algumas pontes, como a da Bandeira. Isso acontece apenas a cerca de 40 dias após uma grande enchente, registrada em 24 de janeiro.
A cidade foi atingida por chuvas intensas e severas, especialmente na região das cabeceiras do Ribeirão Ubá. Por volta das 20:20h, foram registrados diversos pontos de alagamentos pela cidade, além do extravasamento da calha do Ribeirão Ubá na Av. Comendador Jacinto S. S.Lima (Beira-Rio), causando a inundação de toda a avenida e suas pontes.
Inúmeros relatos de estragos são registrados através de redes sociais e ainda não é possível calcular o tamanho do prejuízo. A cidade - e a região, pela segunda vez no ano, agoniza diante da força das águas e do descaso histórico das autoridades.

Em razão das inundações e diversos danos, a Prefeitura informou nesta quinta-feira, 05, que:
- As aulas nas escolas municipais situadas na Zona Rural estão suspensas para avaliação. - Foi feita a interdição preventiva da Ponte Nossa Senhora Aparecida para avaliação nesta quinta. - Acesso a distrito de Miragaia está sendo recuperado desde as primeiras horas do dia. - Equipes do Desenvolvimento Social estão percorrendo os locais afetados em atendimento às famílias. - Limpeza para restabelecimento da normalidade foi iniciada. - A Copasa informou que a Estação de Tratamento de Água de Miragaia, responsável pelo abastecimento de cerca de 40% de água da cidade, está fora de operação em razão de estragos causados pelas chuvas. As equipes já monitoram o nível da água para iniciar o serviço de manutenção e restabelecimento do tratamento e distribuição. - Atendimento na Policlínica Regional suspenso nesta quinta. - Bairro Fazendinha está sem acesso devido a queda da ponte. - Trecho da Beira-Rio cedeu, próximo ao Crea. - O imóvel interditado no bairro Inês Groppo desabou na manhã desta quinta. - Não haverá funcionamento da Feira livre neste domingo (08).
É de suma importância que, neste momento, a população siga algumas orientações: - Em caso de solicitações e emergências, as autoridades devem ser acionadas pelo telefone: 1-9-3 (Corpo de Bombeiros); - Evitem o tráfego sobre as pontes e locais alagados.

Prédio desaba
Edifício que estava interditado em situação de risco na Rua Nossa Senhora, no Bairro Inês Groppo após a enchente de janeiro não suportou à enchente e desabou por completo na noite de ontem. Fotos foram enviadas e compartilhadas em redes sociais.
Comando de Operações
O plano de contingência foi acionado, sendo formado o Sistema de Comando de Operações (SCO), que reuniu-se na sede da 2ª Cia do Corpo de Bombeiros. Participam deste SCO representantes da Prefeitura (Defesa Civil, Obras, Trânsito, Ambiente e Desenvolvimento Social), e Bombeiros Militar.
Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, equipes da Prefeitura atuam fazendo levantamento dos locais afetados, trabalhando em soluções emergenciais, e monitorando as áreas que já estavam afetadas pelas cheias anteriores.
Não há até o momento desalojados ou desabrigados. O Corpo de Bombeiros registrou 21 ocorrências na cidade, e 18 pessoas foram resgatadas em situação de risco em áreas alagadas. Há informações de dezenas de pessoas que ficaram ilhadas, mas aguardaram a redução do nível das águas para poder se deslocar por conta própria.
Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social estão percorrendo os locais afetados em atendimento às famílias. Kits com materiais de limpeza e cestas básicas estão sendo distribuídos conforme constatação de necessidade.
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