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Ubaense percorre o Caminho de Santiago de Compostela: ‘percebi que o impossível pode ser possível’

  • Mateus Gori
  • 14 de dez. de 2018
  • 3 min de leitura

Foto retirada durante a caminhada.

Vinicius Giacominni, nascido e criado no bairro Louriçal, enfrentou o desafio de encarar pela primeira vez o Caminho de Santiago de Compostela, cortando dois países europeus, em teste físico, psicológico e espiritual.


O personal trainer, de 31 anos, estava em conversa descontraída quando surgiu o assunto que seria amadurecido posteriormente. “O Marcelo Andrade (Fagoc) quando ficou sabendo do caminho ficou muito curioso e me chamou para fazer. Aí marcamos reunião para decidir detalhes e não deixamos uma data marcada. Eu neste período estava fazendo tatuagem com meu amigo Bruno (conhecido no ramo pelo apelido de Cebola) e comentei com ele sobre o caminho e ele também se interessou e disse que iria com a gente. Aí foi passando o tempo, a vontade aumentando e pesquisas sobre o caminho iam crescendo até que compramos a passagem. Só que nesse tempo o Marcelo não pode ir na mesma data que nós. Aí fomos Cebola e eu”.

Os Caminhos de Santiago são diversos percursos que chegam à cidade de Santiago de Compostela, localizada no noroeste da Espanha. Essas travessias acontecem desde o século IX, que tinha importância majoritariamente religiosa, com a finalidade de venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, cujo sepulcro se encontra na catedral da cidade.


Os dois optaram pelo caminho que começa na Catedral de Porto, em Portugal, até a cidade espanhola. A travessia durou 9 dias, dos dias 20 a 29 de novembro. Vinicius explica um pouco do que motivou a aventura. “Fiz o caminho buscando o desapego dos bens materiais e buscando um crescimento pessoal de reflexão e conquistas. Não fiz com fins religiosos, mas durante o caminho é impossível não ter um momento espiritual de reflexão. No caminho pensamos em vários pontos fracos da vida e um deles é o ponto espiritual”.


Se engana quem pensa que por trabalhar com educação física, o personal tenha vasta experiência nesse tipo de segmento. “Sou muito ligado a esporte mas nunca tinha feito nada do tipo. Isso também foi algo que me chamou atenção na hora de decidir fazer o caminho”. E já planeja novas aventuras. “Eu e o Cebola gostamos tanto da aventura que já estamos planejando outras para o começo do ano de 2019. Estamos pensando em fazer a travessia de Lapinha a Tabuleiro”.

O aventureiro ainda faz questão de explicar o mix de sentimentos, aprendizados e percepções, aguçados no caminho. “Uma das coisas que mais senti em relação a emoções e sentimentos foi o quanto dependemos das coisas materiais e o quanto não damos valor ao que temos. Percebi que corremos e trabalhamos além do que precisamos e assim deixamos em segundo plano coisas como valores familiares, tempo com amigos e esposas, fazer algo para o próximo e até mesmo curtir o que já temos, em vez de morrer para conquistar o que não temos”.


Para finalizar, Vinicius aconselha quem quer se arriscar em aventuras semelhantes. “Uma dica que eu daria para quem fosse fazer o caminho é escolher bem o período para a caminhada de acordo com o clima mais confortável para cada um. O peso da mochila no calor é menor e como fui no frio o peso da mochila já aumenta. E o peso vai determinar o quanto sua caminhada será puxada ou não. Outra dica que eu daria é escolher bem o calçado e não deixar para comprar de última hora, pois é muito importante amaciar bem antes de ir, pois se ele for machucar em algum ponto da tempo de trocar. A última é ter em mãos uma boa máquina ou celular com grande capacidade de boas fotos. E tirar muitas. Os lugares por onde passamos são lindos e vale a pena registrar para ver e relembrar depois”.

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