Equipe de Zema planeja reduzir folha de pagamento da Cemig
- Ana Santos
- 7 de dez. de 2018
- 2 min de leitura

O jornal Hoje em Dia publicou a informação de que a equipe de transição do governador eleito Romeu Zema (Novo) planeja um rigoroso corte na folha de pagamento da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), grupo formado por 200 empresas.
Atualmente, 700 empregados do conglomerado recebem, juntos, R$ 500 milhões por ano. Segundo o coordenador do grupo, Mateus Simões, a previsão é cortar R$ 450 milhões do bolo. Para isso, ele planeja eliminar determinados cargos e unir outros. Embora especialistas considerem a medida válida, ela esbarra em questões técnicas. “Não vou pagar 700 pessoas onde eu poderia ter 70”, salienta Mateus.
De acordo com Simões, os salários chegam a R$ 80 mil, com média de R$ 38 mil. Entre os empregados mais bem pagos estão diretores, superintendentes, chefes de departamento e outros cargos de chefia. Apenas na Cemig, a quantidade de pessoas com salários altos chega a 100. “O valor dos salários não me preocupa tanto, afinal, estamos falando de executivos de uma das maiores empresas do Brasil. O problema é a quantidade de pessoas com altos salários”, comenta.
A intenção é fazer com que o diretor de Novos Negócios da Cemig, por exemplo, acumule as funções de diretor de Novos Negócios de outra companhia do grupo, permitindo que diretores de uma empresa arbitrem sobre outras. “Dentro dessas 200 empresas tem 120 usinas. Elas são iguais, não precisam de um diretor para cada. Se for difícil assumir 120 usinas, podemos colocar um diretor para 30 usinas”.
Especialista no setor energético e ex-conselheiro de Furnas, Roberto D’Araújo declara que reduzir para 10% os cargos de chefia será uma grande tarefa, principalmente no que diz respeito à proposta de unir diretorias de diferentes empresas.
Por nota, a Cemig comunicou que desconhece a fonte dos números apresentados pela equipe de transição. "A companhia tem implantado um vigoroso plano de redução de despesas, tendo diminuído os custos de sua folha em aproximadamente 25% nos últimos três anos. Os cargos de recrutamento amplo (admissíveis e demissíveis ad nutum) da Cemig são cargos de confiança, de nível gerencial, e seus empregados, de diferentes perfis profissionais, com atribuição de prestar auxílio direto, interno e externo aos dirigentes da Empresa em questões estratégicas. No terceiro trimestre deste ano, havia 33 cargos de empregados ad nutum (comissionados), em um universo de mais de 6 mil empregados próprios da Cemig. Essa informação está disponível no site da companhia", diz o texto.
Ainda segundo a Cemig, por ser uma empresa de esboços mista a energética "adota as melhores práticas de mercado e segue as diretrizes estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela nova Lei das Estatais quanto a governança e transparência".
(FONTE: Jornal Hoje em Dia).
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