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Prefeito de Tocantins esclarece polêmicas sobre sua administração na cidade

  • Ana Santos
  • 14 de nov. de 2018
  • 4 min de leitura

Roberta Barros, repórter do Conexão Líder, da Rádio Líder FM, entrevistou com exclusividade o prefeito de Tocantins, Ieder Washington de Oliveira (Nem) que esclareceu, por telefone, a continuidade dos fatos relacionados à "Operação Infiltrados”, que investigou possíveis fraudes em licitações no município de Tocantins e foi posta em prática no dia 10 de outubro pelo Ministério Público de Minas Gerais, juntamente com as polícias Militar e Civil.


De acordo com as investigações, agentes políticos e públicos, empresários e advogados estariam envolvidos na organização, provocando desvio de dinheiro público de quase R$ 1 milhão, por meio de fraudes em licitações realizadas com contratos nulos formados entre as empresas investigadas e o município de Tocantins.


Roberta Barros: Prefeito, passado um mês da operação, a gente vem acompanhando que muita coisa aconteceu, inclusive, a presença do senhor em duas reuniões na Câmara de Tocantins. O que aconteceu após essa operação relacionada a atuação do secretário municipal apontado como pivô e que fazia essa situação segundo o Ministério Público?


Ieder Washington: Primeiramente, dizer que nada do que aconteceu prejudicou nossa população diretamente, visto que a administração buscou toda a organização para não deixar que esse fato causasse algum prejuízo à população, então fizemos a nossa parte, o município continuou funcionando normalmente. Sobre a situação dos investigados, nós não queremos tecer comentários, isso está a cargo do Ministério Público, e também, não queremos fazer pré-julgamentos dizendo que a administração jamais iria compactuar com supostos ilícitos.


Por duas vezes o senhor esteve na Câmara Municipal e, inclusive chegou a fomentar, a ventilar nos bastidores da Câmara de Tocantins a possibilidade de um pedido de impeachment relacionado a sua atuação. O senhor poderia estar ciente do que acontecia na prefeitura. Como foi a participação na câmara municipal e o que resultou esse pedido da oposição relacionado a esse processo de impeachment?


Nada mais é do que pedidos políticos oportunistas, infundados! Tanto que foram todos arquivados. Enfrentei isso com a maior tranquilidade e naturalidade, com a segurança da minha consciência, dos meus atos. Fui até a Câmara duas vezes, de livre e espontânea vontade, de forma voluntária, jamais sob pressão sobre qualquer ação coercitiva. Tivemos lá, com o intuito de levar as informações que me cabem, enquanto gestor municipal e naturalmente, os vereadores, na sua maioria, com equilíbrio e decência perceberam o oportunismo de pessoas que jamais querem o bem de Tocantins, pelo contrário, querem usar dos momentos difíceis da administração para poder prejudicar ainda mais o desenrolar da administração. Mas enfim, o que nós queremos dizer é que demonstramos claramente, tanto na Câmara como nos meios de comunicação com as informações prestadas, que meu nome não está envolvido em nada e farei o que for preciso para continuar defendendo a honra da nossa administração.


O senhor citou a respeito da questão de um dos envolvidos ser um de seus secretários. A oposição alega que seria um cargo de confiança, o que abre toda essa discussão relacionada que um secretário seu não faria nada sem o seu consentimento. O que você tem a dizer sobre isso?


Olha, a relação de confiança é traçada com todos que ocupam cargo de confiança, não resta outra alternativa de um gestor municipal a não ser confiar as delegações a determinadas pessoas. Nós jamais orientamos a quem quer que seja, praticar atos ilícitos, mas como eu já disse, não quero fazer pré- julgamentos, as pessoas ainda são consideradas investigadas, tanto que foram soltas. Eu não quero entrar no mérito disso agora, porque essas pessoas, assim como qualquer cidadão, pela legislação, tem a presunção de inocência e ela está se defendendo. O fato do prefeito não conhecer os atos de seus subordinados é porque ele não consegue dar conta de tudo. Ele orienta a fazer o que é correto e tem que confiar no que seus subordinados fazem. Aquilo que cabia a administração naquele momento foi exonerar o servidor e isso já foi feito, agora cabe a ele, com suas fundamentações e razões, provar se é inocente ou não e nós confiamos no poder judiciário.


No início da nossa conversa, o senhor citou que não houve prejuízos à população, no que diz respeito ao andamento das funções públicas da prefeitura municipal de Tocantins, após essa operação do Ministério Público, intitulada "Operação Infiltrados" que, inclusive, ganhou repercussão em todo o Estado. O Ministério Público alega que houve um prejuízo de mais de 1 milhão de reais aos cofres públicos. Esse valor poderia sim ter sido um prejuízo para a população. Como o senhor vem fazendo para tapar esse buraco tão grande de um prejuízo de mais de 1 milhão de reais?


Primeiro eu quero contestar sua colocação e dizer que não há buracos com esses valores, visto que todos os contratos tiveram serviços efetivamente prestados e os produtos entregues à população. Isso já foi criteriosamente demonstrado nas publicações que nós temos, nas declarações que a administração e minha pessoa tem relatado e nós contestamos esse valor. Quando se fala em desvio de dinheiro, é quando você pega o dinheiro público e entrega pra terceiros somente de forma escusa e nós estamos tratando a situação como um possível erro administrativo, que é passível na esfera pública. Nós não tivemos na administração e não temos nenhum contrato de gaveta, nenhum contrato fraudulento que tenha sido somente para desviar recursos, pelo contrário, todos os contratos, objeto de investigação só foram contratados após o processo licitatório, após parecer jurídico favorável e após a sua devida homologação. Feita essa homologação, é gerado um contrato de prestação de serviços e entrega de produtos e todos esses contratos, objeto de investigação, tiveram efetivamente os produtos e serviços entregues para a população a preço de mercado e dentro do cumprimento do contrato. Não há desvio de dinheiro, é importante esclarecer isso e nós respeitamos o poder judiciário. O que é preciso ser tratado é como possível erro administrativo e de formalidade, o que é diferente de desvio de dinheiro.


Prefeito, então essa especulação de uma possível renúncia do senhor estaria incorreta?


Eu nem sei de onde partiu isso. Possivelmente, daquelas pessoas oportunistas que tentam, de toda forma, me incriminar com denúncias infundadas, mas o tempo, a justiça e a verdade estão demonstrando claramente a licitude dos nossos atos. Essa possibilidade de renúncia nunca foi cogitada, muito menos pela minha pessoa, tampouco, pela administração, pelo nosso conselho político, porque nós não temos motivos, nós tivemos pelo próprio Ministério Público a declaração pública, em coletiva de imprensa, que não tem nada que liga o prefeito, então por qual o motivo o prefeito teria que renunciar? Isso são situações oportunistas que estão tendo cada dia mais a desqualificação necessária.



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