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A “reforma” do Rio Ubá e a saúde pública

  • MSc Jonas Ferrari Morais
  • 12 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

A Prefeitura fez uso de retroescavadeiras no desassoreamento do Rio Ubá (FOTO: Mateus Gori).

No dia 20 de agosto de 2018, a Secretaria de Meio Ambiente de Ubá, deu início a um projeto de desassoreamento e limpeza do rio Ubá e seus afluentes dentro do município. Apesar de a maioria das pessoas verem tal projeto apenas como uma medida preventiva contra enchentes, o projeto também tem relação direta com a saúde pública.


Nas palavras do secretário de Meio Ambiente, Sr. Vicente de Paulo Pinto: “Nosso objetivo é permitir um melhor escoamento das águas, e retirar materiais contaminantes que prejudicam a qualidade da mesma, evitando assim o transbordamento e a formação de erosões. Mas não é só isso, visa principalmente a prevenção de doenças de origem e veiculação hídrica, uma vez que muitas residências se encontram ao lado destes córregos.”


De um total de 37,5 km de corpos d’água projetados para serem limpos, apenas 8,5 km já foram processados. Mesmo sendo um trecho pequeno, os resultados são de um certo ponto alarmantes, porém esperados. Segundo informações da secretaria de Meio Ambiente, já foram removidos de dentro do rio: 215 pneus; 18 capacetes; 01 chassi de caminhão; diversas partes de estofamentos e latarias de veículos; garrafas e latas de diversos tamanhos; troncos, madeiras, e resíduos de construção civil; animais mortos; além de milhares de sacolas de lixo.

Muitos desses materiais podem ter sido levados para os rios e córregos através das recentes enchentes que acometeram o município. Contudo, sabe-se que a população tem o péssimo hábito de descartar seu lixo nos rios e córregos locais. Funcionários do projeto relataram que enquanto faziam a limpeza do rio em alguns trechos, moradores do entorno jogaram sacolas de lixo na beira do rio ou mesmo dentro dele. Isso mostra o quanto é necessária a ação da prefeitura também através da educação ambiental para os moradores do entorno. Ação essa que está inclusa como uma das etapas do projeto. Caso contrário, leis municipais com ações passíveis de multas seriam uma boa opção.


Fato é, que o acúmulo de lixo e entulhos no rio também é consequência de um longo período de total descaso de administrações anteriores do município para com o meio ambiente. Agora, com um projeto desse tipo em andamento, cabe à população se conscientizar e colaborar. Sem isso, as ações da prefeitura terão um efeito apenas temporário, porém muito custoso. Um rio mais limpo vai evitar novas enchentes e melhorar a qualidade de vida da população, principalmente em regiões rurais sem saneamento básico.

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