Produção ubaense é multipremiada em festival de cinema em Cataguases
- Mateus Gori
- 31 de out. de 2018
- 2 min de leitura

O filme “Um certo Maralonso”, documentário curta metragem dirigido por Samuel Fortunato, recebeu cinco prêmios no Festival Ver e Fazer Filmes, dia 26 de outubro, logo em sua estreia, na cidade de Cataguases.
Em pré produção desde abril deste ano, as filmagens ocorreram na última semana de julho, aproveitando a lua cheia, com uma equipe de cerca de 30 pessoas, contando figuração e serviços gerais.
As imagens foram feitas em Ubá e Tocantins, mais precisamente no Museu Ginásio São José, na Estação Ferroviária de Tocantins, na Parada Moreira e na Miragaia, zona rural de Ubá.
A obra conta a história de Mário Alonso, um cidadão mineiro que viveu nas décadas de 40 e 50 e era conhecido como “matador de gente e de fome”. O documentário relata histórias e causos sobre essa lenda, dando ênfase ao explorar o universo de mistério, revivendo ao máximo o cenário onde este foi criado.
Samuel explica um pouco do processo. “Apesar de uma carreira ainda recente no cinema, tive oportunidade de participar de algumas produções grandes de filmes e publicidades. Assim, quando fui aprovado no edital, já tinha noção de como funciona uma produção ‘de alto nível’ e foi nesse parâmetro que tentei realizar o ‘Maralonso’ aqui na região. Não medi esforços para trazer o melhor equipamento e profissionais que o recurso poderia contemplar, a equipe foi formada com pessoas mais experientes e algumas que estavam realizando cinema pela primeira vez, o que permitiu também um aprendizado enorme e contribuiu na capacitação da rede de profissionais que está se formando por aqui. Acredito também na cinefilia como uma parte importante da minha formação, é vital assistir com um olhar crítico o que vem se produzindo no Brasil e no mundo, revisitar obras clássicas e estar atento para criar com originalidade, novas formas de contar histórias”. Como citado, o documentário, de 17 minutos, foi contemplado na 3ª edição do edital Usina Criativa de Cinema, uma iniciativa do Polo Audiovisual da Zona da Mata, em Cataguases.

Responsável pela Produção Geral, Marina Moss também mostrou gratidão a todos que ajudaram. “Gostaria muito de agradecer a oportunidade de trabalhar nesse filme, que envolveu toda a comunidade de Ubá, Tocantins e Miragaia. Para nós, realmente foi uma experiência única com resultados muito bons. Tudo com apoio de muita gente em campo, inclusive na zona rural. Aproveito para agradecer diretamente ao Museu do Ginásio São José, que foi nossa base de apoio, onde a equipe ficou concentrada; a todas as pessoas que ajudaram direta ou indiretamente, desde figuração até no empréstimo de animais e espaços; à Prefeitura de Tocantins; aos entrevistados, que fizeram com que nós conseguíssemos materializar toda a alma do filme e a toda equipe, que fez com que uma logística muito complexa se tornasse facilitada, através do trabalho bem executado e harmônico, gerando ótimos resultados”.
O filme que, relembrando, fez a sua estreia no 6º Festival Ver e Fazer Filmes, recebeu cinco prêmios: Melhor Filme, Melhor Produção, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Figurino.
A obra, que contará com futuras apresentações também em Ubá, Tocantins e região, é uma produção da Alucinação Filmes e contou com a seguinte equipe:
Direção, Roteiro e Montagem — Samuel Fortunato;
Produção Geral — Marina Moss;
Direção de Fotografia — Alexandre Borges e Igor Freitas;
Som Direto — Tiago Glomer e Vanderlei Sperandio;
Direção de Arte — Miron Soares;
Assistência de Câmera — Eduardo Yroshe;
Ilustrações — Robson Crusu;
Consultoria Histórica — Joaquim Carlos de Souza.

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