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Mineiro conta como viaja pelo Mundo com pouco dinheiro: 'o principal é planejamento'

  • Ana Santos
  • 3 de set. de 2018
  • 3 min de leitura

Fusco em frente ao famoso letreiro de Hollywood

Com 21 países visitados, o mineiro Flávio Fusco, de 32 anos, realiza o sonho de muita gente de viajar trabalhando. Ou seria, trabalhar viajando? O publicitário conta como é possível conciliar o trabalho com viagem/rotina de atividades e dá dicas de como viajar gastando pouco.


Nascido em Cataguases e hoje residente no Rio de Janeiro, o publicitário tem um programa denominado #FuicomFusco, onde compartilha dicas para quem planeja viajar sem exagerar nos gastos. Para conseguir conhecer tantos destinos, o viajante revela o segredo para economizar e pagar menos. “O principal é planejamento. Hoje em dia, existem vários aplicativos e formas de pesquisas para encontrar um preço mais em conta. Por exemplo, eu utilizo um aplicativo que se chama skyscanner, ele filtra as passagens de um modo que sai mais barato. Pesquiso tudo, em alguns lugares fico em albergue, que tem quarto privado e é muito mais barato que hotel, eu compro comida em mercado, dou preferência para o transporte público, principalmente na Europa e não há necessidade de pegar um Uber. Todos esses são mecanismos para economizar”, e destaca: “[...] eu faço tudo com antecedência, por exemplo, irei passar o réveillon na África do Sul e já comprei a passagem em janeiro”.


Fusco conta como surgiu a ideia de criação do programa. “Uma amiga, que hoje é diretora do meu programa, a Renata Lana, no ano passado, quando eu estava na Colômbia, me mandou uma mensagem perguntando como faço para viajar tanto, pois sabia que tenho pouco dinheiro (risos) e perguntou o que eu achava de montarmos um piloto e dar dicas do que eu faço, porque as pessoas querem saber quais meios eu uso. Então foi a partir daí, a gente montou o piloto e ofereceu o projeto para um portal de conteúdo de Juiz de Fora, inclusive, estamos com ele até hoje, que é o "vai ali.com", os programas ficam nesse canal", relata.



Farellones, Chile. Arquivo Pessoal de Flávio Fusco

Além do programa, para quem quiser acompanhar as viagens em tempo real, Flávio conta tudo através de seu Instagram. Ele ressalta com entusiasmo, o perceptível retorno de seu trabalho. “Eu tenho notado um feedback muito bacana. Recebo muitas mensagens das pessoas falando que adoraram minhas dicas, que eu ajudei a definirem suas férias. Consigo fazer parceiros que fazem diferença tanto pra mim, comercialmente falando, quanto para as pessoas que me acompanham".


De acordo com Fusco, é possível conciliar a viagem com o trabalho/rotina de atividades e ele não deixa dúvidas que dispõe desses dois atributos, tanto disposição quanto coragem, de sobra. “Eu viajo numa média de 4 vezes por ano. As pessoas ficam achando que ganho horrores pra poder fazer isso, mas não! Eu consigo viajar assim, porque tenho minha empresa de propaganda e marketing, então consigo conciliar meu trabalho, porque graças à internet posso trabalhar estando em qualquer lugar do mundo. Dá pra conciliar desde que seja um trabalho flexível. O meu trabalho é virtual, cuido de marketing de empresa, então consigo fazer isso à distância”, explica.


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“A gente sempre volta diferente do jeito que foi. Voltamos muito mais ricos, culturalmente falando”.

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O viajante fala sobre os desafios mais recorrentes durante as viagens e conta um momento que foi inusitado para ele. “Um dos maiores desafios é produzir conteúdo sozinho, quando chove e a câmera dá problema. Eu tive um problema com barreira de línguas, pois você meio que se comunica por gestos, mas é bem legal também, porque dá pra aprender muito do mesmo jeito. É uma oportunidade de aprender uma nova língua, a comer uma coisa que nunca se comeu. Por exemplo, na Tailândia eu comi um escorpião! Eu jamais imaginava comer isso se não fosse lá”.



Bali, Indonésia. Arquivo pessoal de Flávio Fusco.

O publicitário finaliza com detalhes referentes a importância que o programa #FuicomFusco tem para sua vida. “Me sinto muito realizado, porque um trabalho de pouco tempo que já tomou uma proporção que as vezes não acredito. Recebo mensagens de gente do Brasil inteiro que nos acompanha. Isso me dá até um frio na barriga, porque fico preocupado com a responsabilidade, mas tudo isso é uma coisa boa e me sinto muito feliz, pois vejo que faço diferença na vida das pessoas”, e salienta: “Eu não sou de família rica, eu cresci sem acreditar que iria andar de avião, então isso tudo pra mim é uma superação para eu mostrar para as pessoas que assim como eu, elas também podem conhecer vários países no mundo e isso não tem nada a ver com ter muito dinheiro, isso tem a ver com força de vontade, de correr atrás, realizar os sonhos. O meu, é viajar!”


Agora Fusco está na Europa, o mundo ainda é um lugar imenso para o viajante, que, movido por curiosidade e sentimentos, desconhece limites. “A viagem é só uma forma de traduzir um projeto que a gente acredita. Quando a gente faz com o coração, dá certo. O universo te devolve, quando você acredita no seu sonho”.


Deserto do Atacama. Arquivo Pessoal de Flávio Fusco.



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