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Dia Mundial do Rock por roqueiros da cidade

  • Mateus Gori
  • 13 de jul. de 2018
  • 5 min de leitura

Dia 13 de julho é conhecido de todo amante do rock and roll, pois nesta data é comemorado o dia Mundial do Rock, graças ao evento mais célebre do gênero, o Live Aid, que aconteceu nesta data em 1985.


O gênero se mantém vivo, mesmo com queda acentuada de popularidade e divulgação de novos artistas. Como ele consegue se manter? Qual o segredo por trás da paixão pelo rock?


Foram escolhidos três dos roqueiros mais célebres de Ubá na tentativa de resposta aos questionamentos apresentados. Foram feitas quatro perguntas a eles e cada um deu uma resposta completamente diferente do outro, o que comprova que não existe um perfil em comum para gostar do gênero.


Anderson Badaró abrindo show da banda Deadfish em Juiz de Fora

Anderson Badaró é figura conhecida na cidade, apresentou durante muitos anos o Conexão Diária, da TV UM, e é o atual apresentador do programa Conexão Líder, na Líder FM 103,5. Badaró é um apaixonado pelo rock e toca em bandas desde 1988. Tocou ao todo nas bandas Criptorquia, Bughouse e Verbase.


Como você enxerga o atual cenário do rock nacional e internacional?


O cenário do rock no underground sempre tem coisas legais e interessantes acontecendo. Para o grande público não existe. Já era.


Acha que o rock tem data de validade? Muitos dizem que ele está respirando por aparelhos, você concorda?


Rock sempre vai existir. Mas o interesse das pessoas por bandas do estilo é que muda de acordo com o passar dos anos. Para as grandes empresas do ramo, tanto de shows quanto de discos, o importante é dar lucro. Se tiver bandas viáveis comercialmente e público interessado tudo acontece.


Quais são seus maiores ídolos no rock? Quais características fez com que eles se tornassem seus ídolos?


Meus ídolos são mais em termos musicais, porque pessoalmente a maioria é egocêntrico, histérico e bobo. Mas gosto dos Beatles, The Cure, Oasis, Sepultura com os irmãos Cavalera, Ratos de Porão, e mais um monte de bandas. Não tenho muito padrão ou lógica com as bandas preferidas. Vou do barulho extremo ao Coldplay, numa boa.


O que você sugere para quem está começando agora com alguma banda?


Desista, faça medicina ou engenharia. Rock é perda de tempo e dinheiro (risos).


Fabiano Fusaro é Diretor geral do Grupo Um de Comunicação e apresentador do programa Líder Rock Clube há seis anos, bem antes de assumir o cargo. Tem um conhecimento extremamente amplo sobre variedades e novidades do gênero, o que leva ao programa, toda quinta-feira às 20h, sem aquele mais do mesmo de programas de rock que tocam sempre as mesmas bandas.


Como você enxerga o atual cenário do rock nacional e internacional?


Enxergo com esperança.... Apesar do pouco espaço disponível no mercado, há ferramentas, como o YouTube e Spotify que proporcionam espaço para qualquer tipo de trabalho e, dessa forma, se apresentam como vitrine para novos talento. O que falta, nesse cenário, na minha opinião, é referência e não influência. As grandes referências do rock são as mesmas de 20 anos atrás e uma hora isso vai acabar...


Acha que o rock tem data de validade? Muitos dizem que ele está respirando por aparelhos, você concorda?


Definitivamente não. O rock, assim como o Keith Richards, é imortal. A herança que vem de Beatles a Foo Fighters, felizmente, é eterna e digna de influência pra gerações futuras. O problema é que todo mundo precisa ganhar dinheiro pra sobreviver e viver de rock está cada vez mais difícil.


Quais são seus maiores ídolos no rock? Quais características fez com que eles se tornassem seus ídolos?


Sou fã de Elvis, Beatles e uma dezena de grandes artistas que vieram depois, como Led Zeppelin, Pink Floyd, entre outros, mas minha grande referência no rock ainda é o Guns N´ Roses. Lembro quando ouvi o Apetitte for Descruction, disco de estreia da banda, pela primeira vez, foi aterrorizante e ao mesmo tempo encantador e que pra mim é o melhor disco de rock da história. Além disso, Axl, Slash e Duff ainda são um sopro da última geração de autênticos rockstars que surgiram.... ad eternum.


O que você sugere para quem está começando agora com alguma banda?


Não para, insista! Apesar da pouca exposição em grandes mídias ainda há quem faça rock com qualidade para um público carente de novidades... como o Matanza, com 22 anos de rock independente e a juiz-forana Martiataka com mais de 15, que são grandes exemplos disso. Rock é amor, rock é estilo de vida, rock é raiz e, parafraseando Renato Russo, “[...] o bom do rock é que não se aprende na escola”.


Dr. Luiz Dellano é quase um sinônimo de rock na cidade de Ubá. É o proprietário do Dellano Rock Bar, onde oferece entretenimento aos roqueiros da cidade desde 2010, além de ser, é claro, profundamente apaixonado pelo estilo. Já foi em inúmeros shows e quase nunca perde a oportunidade de ir ver de perto alguma lenda que venha ao país.


Como você enxerga o atual cenário do rock nacional e internacional?


Atual cenário é bem abaixo do que já foi. Há 5 anos não temos uma música de rock entre as 5 + tocadas em rádios no país. A mídia da mínimo espaço na grade. Internacional idem. As bandas que lotam estádios são as mesmas de 20 anos atrás... Mas sempre haverá o moleque e a garota com a camiseta dos Rolling Stones e Ramones indo para a aula de violão aos 11, 12 anos de idade. Isso será eterno para a sobrevivência!


Acha que o rock tem data de validade? Muitos dizem que ele está respirando por aparelhos, você concorda?


Respirar por aparelhos está desde os anos 2000. Mas o rock é um paciente nascido nas montanhas inglesas e irlandesas do clã dos Maclouds, aonde nasceram também Kalunga e Paulinho Cocão, vulgo Highlanders. Respirando. Imortal.


A primeira vez que ouvi uma música de rock foi aos 9, 10 anos. Foi uma música do Kiss que meu tio Arthur ouvia direto quando vinha a Ubá. Dali acompanhava meu vizinho da frente com seus amigos cabeludos ouvindo rock o dia inteiro. Era o Agilberto pediatra, o qual se tornou um grande amigo hoje.


O primeiro disco que rolou dentro da minha casa foi o álbum Killers do Iron Maiden levado pelo mestre Leo Jacob. Fiquei maluco com aquilo. E como um gambá cheira o outro meu saudoso irmão Leonardo levava todos seus amigos de colégio pra lá, junto com os meus fazendo lá de casa o ponto de encontro da galera. Lá que conheci um dos caras mais sensacionais que a cena ubaense produziu: mestre Anderson Badaró.


Quais são seus maiores ídolos no rock? Quais características fez com que eles se tornassem seus ídolos?


Ídolos do rock tenho uns 500, mas todos os caras do Iron Maiden são eternos pra mim. Inclusive o vocalista Blaze Bayley que entrou na banda quando Bruce Dickinson saiu no meio dos anos 90. Esse pra mim é o maior. Os caras do Sepultura e os Titãs também são especiais pra mim. Hoje em dia escuto de tudo e recomendo Royal Blood, Cage the Elephant, Body Count e nacionais Matanza, Lexuza e Project 46.


O que você sugere para quem está começando agora com alguma banda?


Pra começar hoje é muito diferente de antes. E pra melhor com a internet. Você está a um click de divulgar e marcar um show de sua banda tanto em Senador Firmino como em Londres. Junte os amigos e metam bronca como aqui em Ubá temos a espetacular banda de moleques com uma gata nos vocais: a Nulos em Brancos, que na boa, tem nível pra tocar em qualquer bar ou festival nacional.


Então corram atrás, dediquem-se, quebrem a cara de vez em quando mas "quebrem tudo sempre". Isto foi é e será o Rock and Roll!

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