Como melhorar a alimentação das crianças
- Juliano Oliveira/Roberta Barros
- 24 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Criar hábitos alimentares saudáveis é uma dos maiores desafios para quem tem filhos pequenos. O período mais crítico é quando a criança tem entre dois e seis anos, fase em que há uma diminuição natural no ritmo de crescimento e uma redução das necessidades energéticas e do apetite. Neste momento também a criança começa a esboçar uma maior independência e acaba "decidindo quando e o que irá comer".
Uma pesquisa realizada pela Nutri Consultoria Nutricional revelou que 22% das crianças brasileiras com idade entre dois e seis anos só comem o que gostam e 34% rejeitam experimentar novos sabores.
Por ser uma fase de adaptação, especialistas orientam que não é recomendado forçar a alimentação, mas os pais e responsáveis devem persistir e oferecer diferentes tipos de alimentos, para que a criança crie hábitos alimentares equilibrados.

Para nutricionistas, a alimentação deve ter qualidade, o que significa incluir todos os nutrientes diariamente na alimentação e é preciso levar em conta a harmonia entre os alimentos.
A refeição das crianças deve conter porções adequadas de cada um dos grupos principais de alimentos: Base da pirâmide (arroz, pão, batata e massas); segundo andar da pirâmide (frutas, verduras e legumes); terceiro andar da pirâmide (feijões, lácteos e carnes) e topo da pirâmide (fontes de gorduras e açucares, que devem ser consumidos em menor quantidade).

A pesquisa também apontou que 57% das crianças se distraem muito facilmente quando estão comendo e 19% costumam pular refeições. nestes casos os especialistas sugerem horário fixos, local adequado e companhia para as refeições.
A dica é que as refeições devem ser feitas em local tranquilo e sem distrações, para o foco ser direcionado somente aos alimentos. A criança deve ser incluída na rotina alimentar da família, tanto em relação aos alimentos consumidos, como no horário das refeições.
Outra dica importante é não usar alimentação como moeda de troca. A criança precisa entender a importância de ingerir alimentos variados e não consumir simplesmente porque depois terá sobremesa ou mais horas para brincar. para incentivar as crianças a comerem melhor, variar as preparações pode ajudar. O tomate, por exemplo, pode ser picado em cubinhos, estar em pedaços no molho, ser preparado assado ou os pais podem usar o tomate cereja no macarrão.
Incluir a criança em todo o processo das refeições também tem um efeito positivo. Ela pode ser levada para fazer as compras ou em uma horta para conhecer o alimento em sua forma mais natural. É possível também cozinhar com ela, para que entenda a transformação de casa alimento.
Um truque que pode funcionar é misturar o alimentos com outro que a criança gosta: se o alimento de rejeição é a banana, preparar uma salada de frutas com a fruta favorita da criança e alguns pedaços menores de banana, por exemplo.
A palavra chave é usar e abusar da criatividade. servir o alimento de maneiras divertidas que pode gerar interesse da criança por aquela refeição. Vale dizer que o creme de espinafre é a alimentação de heróis, que o suco de beterraba com cenoura deixa a pela mais bonita ou fazer um desenho no prato com os alimentos.

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