Ubá corre alto risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
- Raynara Pires
- 27 de jan. de 2017
- 3 min de leitura

De acordo com o último Boletim Epidemiológico, divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, Ubá se encontra em situação de alto risco a surtos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O mosquito é capaz de transmitir Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. A forma urbana da Febre Amarela também é transmitida pela picada do Aedes.
O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 2 e 6 de janeiro, apontou índice de 4,9% na Cidade. Resultados inferiores a 1% (menos de uma casa infestada para cada 100 pesquisadas) indicam condições satisfatórias; de 1% a 3,9% indica situação de alerta; resultados maiores que 4%, que é o caso da cidade carinho, indicam alto risco de surto.
Segundo o boletim, a Seção de Controle de Zoonoses informou que do dia 16 a 20 de janeiro, cerca de 2.488 imóveis foram visitados pelos Agentes de combate às Endemias. Nestas visitas, 161 focos do mosquito foram coletados nos Bairros Ponte Preta, Agroceres, Meu Sonho, Industrial e Santa Bernadete. Os locais que lideram o número de criadouros do Aedes aegypti são os reservatórios utilizados para armazenar água em razão do abastecimento irregular e até mesmo desabastecimento de água.
Os bairros onde o LIRAa identificou maior quantidade de focos foram: Santa Bernadete, Industrial, São Domingos e Laurindo de Castro.
A Vigilância Epidemiológica informou a constatação de 84 notificações de casos suspeitos de Dengue nas últimas quatro semanas, sendo um caso confirmado positivo através de exames laboratoriais.
De acordo com Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, divulgado na última quarta-feira (25) pela Secretaria da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), entre os anos de 2015 e 2017, Ubá registrou oito casos confirmados de gestantes com doença aguda por Zika Vírus e um caso confirmado de recém-nascidos com microcefalia em decorrência da doença. Outros quatro casos de infecção congênita por STORCH+Zika/Microcefalia, atendidos pelo Sistema Regional de Saúde de Ubá estão sendo investigados.
Ainda segundo o mesmo Boletim, duas pessoas morreram por Dengue em Ubá no ano passado.
Dengue, Zika e Chikungunya mataram quase 800 pessoas em 2016 no Brasil
Pelo menos 794 pessoas morreram no Brasil em decorrência das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, Zika e Chikungunya. A maior parte das mortes, 629, foi provocada pela dengue. Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, registados até 24 de dezembro de 2016.
Dengue
Ao todo, foram notificados 1.496.282 casos prováveis de dengue no país, totalizando uma incidência 731 casos a cada 100 mil habitantes. Já em 2015, foram 1.677.013 casos prováveis. Segundo o boletim, mais 629 óbitos estão sendo investigados para serem confirmados ou descartados quanto ao vírus.
Chikungunya
Em 2016, até a metade de dezembro, foram registrados 265.554 casos prováveis de febre Chikungunya no país, com uma taxa de incidência de 129,9 casos para cada 100 mil habitantes. O número é cerca de seis vezes maior do que o de 2015, quando foram notificados 38.499 casos prováveis da doença. Ao todo, foram registrados no ano passado 159 óbitos pela doença, enquanto em 2015 foram 14.
Zika
Em 2016, até o meio de dezembro, foram registrados 214.193 casos prováveis de febre pelo vírus Zika no país (taxa de incidência de 104,8 casos/100 mil habitantes). Ao todo, foram confirmadas laboratorialmente seis mortes por Zika. Em relação às gestantes, foram registrados 16.923 casos prováveis, sendo 10.820 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.
Fonte: Agência Brasil
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